segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Sentido.


A ausência de sentido não se dá por carência de bons fins. Muito pelo o contrário. Fins ruins podem ser decepcionantes, mas o desenrolar de fatos é que embasam bons julgamentos.
Afinal, para que julgar um ser humano por sua morte se existe uma vida inteira por trás dela?
Talvez a falta de sentido não esteja sobre objetivos vazios, mas por suas buscas mal vividas. Situações mal aproveitadas. Foi-se o tempo de Maquiavel, hoje os meios são tudo, hoje o meio é que faz o fim.
Então, dane-se que estejamos lutando com moinhos de vento, desde que sejam boas lutas! O valor de uma boa história, com toda sua filosofia, diálogos e personagens superam qualquer que seja o motivo para aquilo ser escrito. Viver de fato não precisa ser em prol de uma vida ou motivos grandiosos, não precisamos de prols, precisamos viver.
Passou-se o tempo em que o conhecimento era fundamental para uma boa compreensão da realidade. Vivemos agora num maravilhoso mundo de sentidos e acontecimentos. Acabou a idealização de passos pré determinados e agora a paixão está em dançar como os ventos, uma dança que não serve para ser apreciada, mas para se dançar junto.
Então vamos dançar!
Pensemos na queda, não no chão. Pensemos nas danças, não nos aplausos. Pensemos em viver, não no sentido disso.
Porque, talvez, em passos irregulares encontremos a vida. Talvez, nessas ondas insanas da realidade, nos sentiremos plenos. E na plenitude da alma, na plenitude do ato de viver, haverá sentido!
Afinal, para se ter sentido, precisou-se sentir.