sexta-feira, 22 de maio de 2015

Sobre felicidades.



É difícil para mim falar de felicidade. Não sei... só é.
É como se toda minha inspiração viesse de um buraco na alma, como se toda a minha poesia se originasse da dor.
É na escrita que eu encontro a minha maior forma de expressão, é nela que eu consigo gritar ao mundo e a mim mesma tudo o que está em mim, mesmo sem saber exatamente o que estou sentindo.
Mas só a dor.
É como se a minha felicidade não se encontrasse nas minhas palavras. As palavras simplesmente não vêm!
E é uma angústia estranha, uma angústia ao contrário, porque eu quero escrever, mas não consigo. Porque eu vivo da minha necessidade de escrever e de repente eu não sinto mais essa necessidade.
E tudo o que eu escrevo fica ruim. Não me representa. Não me completa.
Porque eu já me sinto completa.
Sobre felicidades, eu peço desculpas, mas não posso escrever ainda. Ainda não a encontrei nas minhas letras.
Talvez eu ainda a encontre e, quem sabe, esse espaço seja um pouco mais feliz.
Peço desculpas, sinceras desculpas, por só trazer aqui minhas angústias.
E peço desculpas pelo meu silêncio, porque sobre esses dias, eu só posso dizer que estou feliz.