terça-feira, 10 de maio de 2016

Dias calmos

Dias calmos vêm e vão, nos piores e melhores momentos da vida.
Existem dias que simplesmente não choramos; nossos objetivos estão claros; nossas euforias apaziguadas; as preocupações sobre controle; e tudo funciona numa paz gigantesca dentro de nós.
Nesses dias, estamos consciências de nós mesmos, estamos bem.
E mais: nesses dias, sabemos que não estaremos assim bem para sempre. Sabemos que ainda teremos momentos de tristeza, fraqueza e desespero, assim como dias incríveis que trarão lágrimas de felicidade aos olhos só de lembrar.
Mas nesses dias... ah, nesses dias!
Nesses dias, tudo está bem, do jeito que deve ser.
E não precisamos nunca nos preocupar, porque esses dias calmos vêm e vão.
Nos piores e melhores e piores momentos da vida.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Sobre fins.

Meu amor, eu vim pedir desculpa.
Desculpa por ter terminado assim.
Desculpa por não ter ido dar tchau ou um abraço, ou até mesmo um sorriso de "vai ficar tudo bem".
Desculpa por não ter te amado para sempre ou ficar sempre aí do seu lado.
Desculpa ter deixado chegar onde chegou.
Desculpa, meu amor, por fazer o que acho que e melhor, por não ser sempre sincera. Desculpa por ficar confusa e não saber o que fazer ou ficar desesperada.
Desculpa não poder te abraçar até passar, te amar até não aguentar ou te beijar sem parar.
Eu queria estar aí, meu amor. Mas agora é hora de ir embora sem olhar para trás. Sem último beijo ou conversa.
Desculpa, meu amor, por ser difícil, por ser sofrido. Desculpa por tudo

Meu amor, eu vim pedir desculpa.
Desculpa por ter terminado assim.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Relato de Ano Novo

2015 foi um ano difícil. Acabou e eu não consigo resolver se foi bom ou ruim. Eu tive momentos sensacionais, que com certeza entrarão para os melhores da vida, mas também tive aqueles que me fizeram passar dias e mais dias trancada em casa, aos prantos, de puro desespero e tristeza.

2015 foi aquele ano que fez o que eu mais queria e me mandou para o mundo, mas me deu, pela primeira vez, mil motivos para querer voltar. Foi aquele ano de caos, de se perder, mas foi o ano que eu mergulhei no caos e vivi direito tudo isso.

Foi um ano difícil dese o dia 1º de janeiro, em Águas de Lindóia e foi também no dia 31 de dezembro, na Cracóvia. Foi um ano de decisões insanas, das mais certas até as mais erradas; das que me fizeram querer gritar de alegria até as que me doem de arrependimento até agora; foi um ano que minhas virtudes mostraram ao mundo o quanto sensacional eu sou e um ano em que os meus defeitos foram esfregados na minha cara da forma mais cruel.

E acabou sendo o ano que me deu mais motivos para desistir e que também fortaleceu cada um dos meus princípios para me fazer continuar. No fim, esse ano fui eu. Da forma mais pura e caótica que um ser humano pode ser, unidos em 365 dias escolhidos arbitrariamente pela humanidade segundo o movimento dos planetas.

E mesmo eu não resolvendo se 2015 foi bom ou ruim, eu sei que foi memorável, um ano não só de crescimentos, mas de consciência desse crescimento e uma prova para mim mesma de quem eu sou.

Sobre 2016, pode vir! Fácil assim, do jeito que quiser, bom ou ruim, fácil ou difícil. Só vem.
Porque eu quero sim um ano bom, um ano feliz, mas se for ruim, eu sei que eu vou passar.
Porque eu estou exausta e tremo só de pensar do que tem por vir, mas também mal posso esperar por tudo isso e não paro de fazer planos.

Então, pode vir, porque eu sei que aguento. E olha que esse não é um texto de encorajamento, de alguém que está pronto para novos desafios, mas sim um texto de alguém que apanhou tanto, que sabe que, não importa o que aconteça, continuará em pé.

2016 pode vir, porque no fim, não vai importar se foi bom ou ruim, desde que seja eu. Da forma mais pura e caótica que um ser humano pode ser.