sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Relato de Ano Novo

2015 foi um ano difícil. Acabou e eu não consigo resolver se foi bom ou ruim. Eu tive momentos sensacionais, que com certeza entrarão para os melhores da vida, mas também tive aqueles que me fizeram passar dias e mais dias trancada em casa, aos prantos, de puro desespero e tristeza.

2015 foi aquele ano que fez o que eu mais queria e me mandou para o mundo, mas me deu, pela primeira vez, mil motivos para querer voltar. Foi aquele ano de caos, de se perder, mas foi o ano que eu mergulhei no caos e vivi direito tudo isso.

Foi um ano difícil dese o dia 1º de janeiro, em Águas de Lindóia e foi também no dia 31 de dezembro, na Cracóvia. Foi um ano de decisões insanas, das mais certas até as mais erradas; das que me fizeram querer gritar de alegria até as que me doem de arrependimento até agora; foi um ano que minhas virtudes mostraram ao mundo o quanto sensacional eu sou e um ano em que os meus defeitos foram esfregados na minha cara da forma mais cruel.

E acabou sendo o ano que me deu mais motivos para desistir e que também fortaleceu cada um dos meus princípios para me fazer continuar. No fim, esse ano fui eu. Da forma mais pura e caótica que um ser humano pode ser, unidos em 365 dias escolhidos arbitrariamente pela humanidade segundo o movimento dos planetas.

E mesmo eu não resolvendo se 2015 foi bom ou ruim, eu sei que foi memorável, um ano não só de crescimentos, mas de consciência desse crescimento e uma prova para mim mesma de quem eu sou.

Sobre 2016, pode vir! Fácil assim, do jeito que quiser, bom ou ruim, fácil ou difícil. Só vem.
Porque eu quero sim um ano bom, um ano feliz, mas se for ruim, eu sei que eu vou passar.
Porque eu estou exausta e tremo só de pensar do que tem por vir, mas também mal posso esperar por tudo isso e não paro de fazer planos.

Então, pode vir, porque eu sei que aguento. E olha que esse não é um texto de encorajamento, de alguém que está pronto para novos desafios, mas sim um texto de alguém que apanhou tanto, que sabe que, não importa o que aconteça, continuará em pé.

2016 pode vir, porque no fim, não vai importar se foi bom ou ruim, desde que seja eu. Da forma mais pura e caótica que um ser humano pode ser.